De acordo com dados divulgados pelo IBGE ontem, 04/08, a produção industrial brasileira cresceu 8,9% em junho, na comparação com maio. O número foi acima da mediana das projeções dos economistas.
No mês passado a produção industrial já havia avançado 8,2%.
O avanço de 8,9% da atividade industrial de maio
para junho de 2020 teve crescimento generalizado, alcançando todas as grandes
categorias econômicas e a maior parte dos 26 ramos pesquisados. Entre as
atividades, a influência positiva mais relevante foi de veículos automotores,
reboques e carrocerias, que avançou 70,0%, impulsionada pelo retorno à produção
de unidades paralisadas por causa da pandemia da COVID-19.
Com esses resultados, veículos automotores,
reboques e carrocerias acumulou alta de 495,2% em dois meses consecutivos de
crescimento, mas ainda se encontra abaixo do patamar de fevereiro último.
Outras contribuições positivas relevantes sobre o
total da indústria vieram de bebidas (19,3%), de indústrias extrativas (5,5%),
de produtos de borracha e de material plástico (17,3%), de outros equipamentos
de transporte (141,9%), de produtos de minerais não-metálicos (16,6%), de
máquinas, aparelhos e materiais elétricos (24,4%), de outros produtos químicos
(7,1%), de máquinas e equipamentos (10,6%), de produtos de metal (13,1%), de
produtos têxteis (34,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos
e ópticos (15,1%), de impressão e reprodução de gravações (63,4%) e de móveis
(28,5%).
Por outro lado, os dois resultados negativos do mês
foram nos ramos de produtos alimentícios e de coque e em produtos derivados do
petróleo e biocombustíveis, ambos com queda de 1,8%.
o setor de bens de consumo duráveis cresceu 82,2%, e bens de
capital (13,1%), e ambos apresentaram o segundo mês seguido de expansão e acumularam nesse período
avanços de 287,4% e 47,3%, respectivamente.
Os setores produtores de bens de consumo semi e
não-duráveis (6,4%) e de bens intermediários (4,9%) também assinalaram taxas
positivas em junho de 2020, marcando o segundo mês consecutivo de crescimento e acumulando
nesse período ganhos de 17,7% e 10,7%, respectivamente.
Devido os impactos da crise do
coronavírus, a produção industrial se comparada ao mesmo período do ano passado
ou até anos anteriores apresenta queda,. De uma forma geral, esses aumentos
ainda não foram capazes de repor as perdas geradas, porém, sinalizam uma
retomada da atividade econômica industrial.
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