Pelo sexto mês seguido, a produção da
indústria nacional registrou crescimento em outubro, de 1,1%, se comparado
a setembro. Com o resultado acumulado de 39% em seis meses, o setor está 1,4
ponto percentual acima do patamar de fevereiro – antes da pandemia de covid-19.
Em relação a outubro de 2019, a produção subiu 0,3%.
“Os dados mostram que tem algum grau
de recuperação. As medidas emergenciais foram importantes, mas ainda tem um
espaço para ser considerado”, disse o gerente da pesquisa, André Macedo.
De acordo com os dados, duas das quatro
grandes categorias econômicas apresentaram crescimento, com destaque para bens
de capital que avançou 7% de setembro para outubro; e bens de consumo duráveis
com alta de 1,4%. Essas categorias também tiveram o sexto mês seguido de
expansão na produção, com acumulados de 111,5% e 506,7%, respectivamente.
Para o gerente, o crescimento de
outubro refletiu um comportamento diferente dos últimos meses, que vinha com
avanços disseminados entre os ramos. Agora, 15 dos 26 ramos pesquisados
mostraram alta na produção. Em setembro foi de 22 das 26. Segundo André Macedo,
o efeito da pandemia foi evidente no setor, principalmente, nos meses de março
e abril, com medidas de distanciamento social mais rigorosas.
A influência mais relevante entre as
atividades na passagem de setembro para outubro foi de veículos automotores,
reboques e carrocerias, que subiu 4,7%. O ramo foi muito prejudicado nos meses
críticos da pandemia e acumulou expansão de 1.075,8% nos últimos seis meses.
Também tiveram influência positiva no
resultado do mês na indústria a metalurgia (3,1%), produtos farmoquímicos e
farmacêuticos (4,5%), máquinas e equipamentos (2,2%), produtos de metal (2,8%),
couro, artigos para viagem e calçados (5,7%), produtos de minerais não
metálicos (2,3%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,0%) e
produtos de borracha e de material plástico (2,1%).
Fonte:
IBGE.
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