O setor industrial nunca
foi tão vital para a economia brasileira. Com a crise desencadeada pela
pandemia do coronavírus, o país sentiu como o setor consegue inovar, assimilar
tecnologias e desenvolver produtos.
Graças à indústria, todos
os outros setores são fortalecidos. E é ela a responsável por gerar empregos
indispensáveis para a retomada econômica.
Importância da indústria
para a economia
Um país do tamanho do
Brasil não consegue ser sustentável sem uma indústria forte e competitiva. A
indústria é o principal polo gerador de tecnologia e de Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação (PD&I) para o sistema produtivo de uma maneira
geral, desempenhando um papel estratégico no fortalecimento de todos os demais
setores brasileiros.
Abaixo alguns exemplos de
como a indústria contribui para o desenvolvimento da economia nos mais variados
segmentos:
•
Mecanização e uso de colheitadeiras na área agrícola, desenvolvimento de
sementes mais produtivas e defensivos agrícolas mais eficazes e seguros;
• Utilização da biotecnologia e nanotecnologia;
• Produção de caminhões e máquinas para uso na mineração;
• Modernização de fornos para uso no setor cerâmico e de
produção de cimento;
• Inovações e fabricação de equipamentos de comunicação;
• Criação e produção de computadores, armazenamento de
informações na nuvem e de operações financeiras online.
“A indústria nacional
viabiliza o desenvolvimento de serviços de alto valor agregado, como pesquisa
científica, design, logística e marketing. Tanto a agricultura brasileira, que
está entre as mais competitivas do mundo, quanto o setor de comércio e serviços
dependem de uma indústria forte”, afirma o presidente da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), Robson Braga de Andrade.
Segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístistica (IBGE) e do Ministério da
Economia, em 2019, o setor respondeu por 21,4% do PIB nacional. Em função de
sua extensa cadeia de fornecedores, cada R$ 1 produzido na indústria gera R$
2,40 na economia nacional como um todo. Nos demais setores, o valor é menor: R$
1,66 na agricultura e R$ 1,49 em comércio e serviços.
O setor emprega 9,7
milhões de trabalhadores que garantem o sustento de suas famílias, o
equivalente a 20,4% dos empregos formais do país. Destes, 6,8 milhões estão
alocados apenas na indústria de transformação. E os que possuem ensino superior
completo ganham 33% a mais do que a média do país, contribuindo para o aumento
da renda per capita dos brasileiros.
E ainda, o setor
representa 69% das exportações brasileiras de bens e serviços, 69% dos
investimentos em P&D da iniciativa privada e 33% da arrecadação de tributos
federais, exceto receitas previdenciárias.
Valorização da indústria
O Brasil reúne uma série
de fatores que acabam desestimulando o empreendedorismo e a atividade
produtiva, como a burocracia e as elevadas taxas de impostos. A legislação
básica, regulatória e institucional precisa jogar a favor de quem deseja abrir
e manter um negócio – e não contra. Esse é um desafio para o Congresso, o Poder
Executivo, o Judiciário e para toda a sociedade.
Uma política industrial
que olhe para o futuro, baseada no aumento da produtividade e na transformação
das estruturas produtivas é o que o país precisa. Os investimentos públicos e
privados em ciência, tecnologia e inovação são peças-chave para o país
desenvolver modelos de produção e de negócios conectados com a indústria 4.0 e
com a economia de baixa emissão de gases do efeito estufa.
O desafio para a retomada
do crescimento sustentado é reduzir ao máximo o chamado Custo Brasil. O Brasil
precisa de um ambiente favorável aos negócios, que ofereça segurança jurídica,
melhore as expectativas e estimule o investimento, o crescimento econômico e o
desenvolvimento social. Por isso precisamos avançar nas reformas estruturais,
sobretudo a tributária e a administrativa.
A indústria precisa de uma
economia organizada, com regras claras, com soluções adequadas para os
principais obstáculos sistêmicos que reduzem sua competitividade, passando pela
questão logística, pelos custos de energia e pelas relações de trabalho.
Comentários
Postar um comentário